XBOX 360 brasileiro traz investimentos em produção de jogos

Hoje a Microsoft do Brasil anunciou oficialmente a produção de XBox 360 no Brasil. Era uma notícia que já esperávamos com ansiedade por aqui. Como o anúncio foi feito juntamente com o ministro Aluizio Mercadante, poderíamos esperar uma notícia muito boa. O anúncio da fabricação do XBox 360 foi feito pelo site R7:

Videogame Xbox 360 produzido no Brasil será 40% mais barato
Console vai custar ao menos R$ 799 a partir de outubro
André Sartorelli, do R7

A Microsoft anunciou nesta terça-feira (27) a produção no Brasil do console Xbox 360. O videogame ficará 40% mais barato com a produção local e os primeiros aparelhos feitos no país chegam às lojas no dia 5 de outubro.

Os consoles de 4GB e 250 GB, vendidos anteriormente por R$ 1.299 e R$ 1.599, custarão respectivamente R$ 799 e R$ 1.099. O desconto também será aplicado ao kit que tem o console e o sensor de movimentos Kinect. Nesse caso, as versões de 4 GB e 250 GB passam a custar R$ 1.099 e R$ 1.399, respectivamente.

A operação de fabricação do console no Brasil terá capacidade para produzir 17 mil consoles Xbox 360 por semana e preparada para triplicar a produção de acordo com as vendas, segundo a Microsoft.

Durante a manhã de hoje, Michel Levy, presidente da Microsoft Brasil, esteve em Brasília, no Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, para fazer o anúncio oficial da produção brasileira do Xbox 360 com o ministro Aluizio Mercadante.

Guilherme Camargo, responsável pela divisão de games da empresa, diz que a companhia não recebeu benefícios fiscais para a fabricação do videogame.

- Não existe nenhum beneficio fiscal. A iniciativa da produção local partiu da Microsoft e foi o tempo toda conversada com o governo como um primeiro passo para futuros negócios.

A Microsoft buscou a Flextronics para a fabricação dos consoles na Zona Franca de Manaus, no Amazonas. Atualmente, essa empresa fabrica o Xbox 360 na China.

Além do console, a Microsoft também fabricará no país o cartão de assinatura do serviço Xbox Live, que permite jogos em rede, por exemplo. Para usar o serviço, o cliente compra um cartão que pode ser usado por um determinado período de tempo ou até que seus pontos se esgotem.
O preço do cartão de assinatura de 3 meses é de R$ 44, mesmo preço do cartão com 1500 pontos. O cartão para uso por 12 meses custa R$ 99. Já o preço do cartão de 4500 pontos é de R$ 119.

Mas esta não é a única notícia boa... Como eu tinha comentado, o anúncio na presença do ministro Mercadante só poderia significar boas notícias. Estas vêm do site Convergência Digital:

Com fabricação do Xbox no Brasil, governo lança programa para jogos
Luís Osvaldo Grossmann

Tendo como ponto de partida a fabricação do videogame Xbox, da Microsoft, no Brasil, o Ministério de Ciência e Tecnologia lançará um programa de estímulo à produção de jogos no Brasil. O foco é injetar recursos em startups e promover a formação, inclusive no exterior, em artes gráficas e game designs.

Parte do esforço será voltado para as plataformas da Microsoft – o próprio Xbox e o sistema Kinect de jogabilidade sem joystiks – uma vez que a empresa, que já começou a fabricar seu videogame no Pólo Industrial de Manaus, também vai aportar recursos em empresas iniciantes.

A empresa vai, inclusive, financiar bolsas no programa Brasil sem Fronteiras, garantindo estágio a brasileiros em grandes estúdios de games, especialmente nas áreas de direção de arte, game design e programação. O número de bolsas ainda não foi definido, mas o apoio constará de um memorando de entendimento com o MCT.

Do lado brasileiro, o dinheiro para empresas iniciantes – em geral pequenas, de até oito funcionários – virá de dois caminhos, envolvendo Finep e CNPq. Um deles com recursos complementares ao fundo da Microsoft – e, portanto, destinado às plataformas da empresa. Outro, com editais para desenvolvimento de jogos para tablets.

O desenho do programa tem como objetivo inserir o Brasil em uma indústria mundial que gira cerca de US$ 68 bilhões por ano – por enquanto, a participação brasileira no mercado de games é de aproximadamente US$ 600 milhões desse total. O caminho, segundo o MCT, é atrair o olhar das grandes editoras de jogos para a produção nacional.

Inicialmente os objetivos são relativamente modestos e visam inserir empresas brasileiras na cadeia produtiva dos jogos, seja pela arte gráfica ou pelo design dos games. Ainda assim, a expectativa é de que entre 20 e 25 empresas possam ganhar musculatura para garantir espaço no mercado internacional.

Acho que agora é pra valer: o Brasil está entrando no mercado de games. Esperamos que o panorama só melhore daqui em diante.