A situação da Microsoft nunca foi muito boa no Japão. Por este motivo, a Edge noticiou no dia 15 de agosto, o fim das vendas deste console na terra do sol nascente. Mesmo ultrapassando a marca de 1.5 milhões de unidades vendidas no país, a queda de 46.7% nas vendas em relação ao ano passado dão uma pequena mostra de como o console não anda fazendo tanto sucesso por lá.
Por isto é que os vendedores do país estão fazendo as famosas "queimas de estoque", para deixar de vender o console e seus jogos no país. Esta é a situação da Geo, a maior revendedora de consoles no país.
O mercado de games no Japão realmente não é muito compatível com a Microsoft. Ali há uma crescente demanda por consoles portáteis, que oferecem redes sociais. Por isto a venda de PSPs no país é tão grande ainda. Como a Microsoft não entrou neste mercado, acaba perdendo terreno para outras empresas concorrentes.
Acima de tudo, no Japão há de certa forma uma questão cultural também. Desde os tempos das navegações este país resiste à cultura ocidental, e sua cultura realmente torna a entrada de produtos estrangeiros mais difícil. Não que eles se isolem do mundo, mas sim, que eles criam tanta coisa que eles gostam, que não há a necessidade de importar nada. Digamos que culturalmente o país é auto-suficiente.
É neste contexto que a IGN faz a pergunta: A Microsoft falhou no Japão, e Daí? A pergunta é interessante, pois ela mostra uma mudança de paradigma no mercado de games: segundo o analista Michael Pachter, em entrevista à IGN, o Japão é tão relevante atualmente para o mercado dos games quanto a Escandinávia. Talvez isto explique por que embora tenha falhado no Japão, a Microsoft tenha se mantido na disputa pelo console mais vendido.
Em termos de mercado, os principais alvos são o Leste europeu e a América do Sul (sim, Brasil, estamos na mira dos fabricantes). São nestes mercados que a demanda por aparelhos tem crescido bastante, e estes mercados não rejeitam produtos ocidentais.
Parece que o mercado japonês, então é importante principalmente para empresas japonesas. Mas esta notícia nos mostra que o mercado mundial de games está cada vez mais equilibrado. Vamos torcer para que o empenho demonstrado pela Microsoft para entrar no mercado japonês também se demonstre para países como o Brasil (acompanhado com uma bem-vinda redução de preços), e que este empenho contagie seus concorrentes também.
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