Desenvolvido para ser simples, abrangente e ser usável na Internet, o XML tem ganhado cada vez mais espaço em outras áreas. Já presenciei vários desenvolvimentos onde o software é configurado através de um arquivo XML.
Esta simplicidade torna o XML uma ferramenta muito interessante para desenvolvedores de sistemas embarcados. De fato, muitos já o fazem de forma meio secreta, como informa o site EETimes. Este uso "secreto", no entanto, tem seus dias contados, já que a União Européia anunciou recentemente a finalização do projeto INTERESTED (INTERoperable Embedded Systems Tool chain for Enhanced rapid Design), que usa o XML como base. Tal projeto é o esforço conjunto de empresas européias como AbsInt Angewandte Informatik (Alemanha), Atego (Reino Unido), CEA (França), Esterel Technologies (França), Evidence (Itália), Symtavision (Alemanha), Sysgo (Alemanha) and TTTech Computertechnik (Áustria). Do site da INTERESTED, descobrimos que o objetivo do projeto é criar uma ferramenta de referência e aberta para interoperabilidade.
O XML, conforme a EETimes, deverá fazer parte da vida dos desenvolvedores de sistemas embarcados por pelo menos dois motivos. O primeiro é que cada dia mais é necessário que sistemas embarcados sejam conectados à internet. O segundo motivo é que o XML possui uma característica de estruturação de dados que o torna uma ferramenta muito útil na área de desenvolvimento. Certamente isto levará os desenvolvedores de sistemas embarcados a discutirem mais e mais os prós e contras do XML, como o próprio EETimes pretende incentivar.
O XML não é uma linguagem de programação, mas um conjunto de regras para se criar documentos de forma que pudessem ser lidos por máquinas, independentemente da plataforma usada. Embora tivesse sido criado para esta criação de documentos, logo o XML foi usado para representar também estruturas de dados, como em serviços Web. É esta capacidade de representação de estruturas de dados que é interessante para os desenvolvedores de sistemas embarcados. O site nos fala do testemunho de Karen Wang, que usou o XML para distribuir as especificações de hardware de ASIC's criados na empresa onde ela trabalhava entre as outras áreas da empresa, já que não havia uma ferramenta específica para esta tarefa. Outros exemplos são dados pelo site deste tipo de uso para o XML.
O que está claro é que nós desenvolvedores de sistemas embarcados devemos já prestar atenção a esta padronização, para não sermos pegados de surpresa.
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